AMOR PLATONICO

Esses seus lábios carnudos
Exalando toda sensualidade
Vendo seu decote desnudo
Acaba com minha liberdade
 

Mulher cheirosa e atraente
Desfilando sua beleza visual
Tenho um desejo ardente
De conhecer sua beleza espiritual
 

Seu corpo bem delineado
foi desenhado com todo cuidado
se penso em lhe trazer uma flor
É para tentar sempre ser lembrado
 

Sei que nunca posso tê-la
Mas me contento só em vê-la
Passando ou estando por perto
Meu mundo não fica mais deserto
 

Tenho por ti uma surda paixão
Que dilacera o coração
Vivo um momento atômico
Sonhando com este amor platônico
 

Antes de acabar a esperança
Me apego a sua lembrança
Daquele sorriso cativante
Que me faz seguir adiante
Mas teu olhar distante
Me deixa numa tristeza cortante...

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O AMOR

O verdadeiro amor é assim
Faz a gente perder o sono,
a fome, o tempo.
É um amor que nos balança,
nos chacoalhe, nos detone,
e que acaba com o nosso juízo
e a nossa sanidade mental.
Mas que depois, acalma a alma e sossega o coração.
Mas para viver um grande amor
é preciso antes viver amores que não sejam grandes,
amores que venham pela metade,
que cheguem pra depois partir.
Daqueles que não deixam saudades,
apenas lembranças,
e a certeza de que não era grande o suficiente.
A gente só descobre quando é o tal grande amor
quando finalmente se depara com algo que nunca sentiu,
nunca viveu e nunca experimentou.
Até que um dia você dá de cara com ele.
E muitas vezes a gente nem reconhece,
porque não sabemos como é a cara do nosso bendito grande amor.
Ele não vem com etiqueta
E muito menos brilha no escuro
quando aparece na sua frente.
Mas aí, e também não entendemos porque, a gente só tem certeza
que é o seu grande amor...
Porque o coração dispara, a alma dilacera...
A gente perde toda razão, e vive só na emoção
E com certeza, a gente vira um bobo...